10 outubro 2011

Faltam organização e higiene no Mercado

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A falta de limpeza e descaso com o ambiente em seu entorno é uma das reclamações dos frequentadores 
VIVIANE PINHEIRO
O Mercado São Sebastião, que há mais de um século está incorporado aos hábitos da vida do fortalezense, passa por situação crítica. A desorganização, os problemas com a limpeza (interna e externa), mau-cheiro na entrada pela Bezerra de Menezes, a falta de higienização e o descaso com o ambiente no seu entorno complicam a vida, tanto de seus usuários, quanto a dos que moram e trafegam pelas imediações da Praça Paula Pessoa, onde situa-se o equipamento público, na Rua Clarindo de Queiroz, 1745 - Centro.

Os comerciantes e visitantes que costumeiramente frequentam o Mercado, alertam os responsáveis, exigindo providências sobre o que está acontecendo no local.

"Sempre venho comprar frutas e até mesmo carnes, pela variedade que encontramos aqui e pelos preços mais em conta. No entanto, confesso que, com esta falta de higiene vista aqui, eu vou me afastar", disse José Antunes, professor.

A situação vivida no Mercado é caótica, tanto em seu ambiente interno, com a desorganização dos boxes e espaços transformados em corredores de alimentação, quanto externo.

Em seu interior, são comercializados produtos alimentícios sem a menor higienização (carnes, peixes e frangos) e manipulados de forma não apropriada.

Os citados boxes encontram-se fora das exigências da lei municipal. Outro problema é o da limpeza do local. O lixo no piso interno (restos de carne, peixe e frango) fica fora de recipientes adequados, (não tem depósitos para armazenamento) e frutas estragadas são jogadas no pátio em que os carros descarregam os produtos.

Trânsito
Na parte externa, em seu entorno, os problemas começam pelo trânsito, que fica congestionado, em parte do percurso da Rua Clarindo de Queiroz, e também no cruzamento com a Rua Padre Ibiapina. Neste trajeto, caminhões estacionam em locais não permitidos para descarga; usuários também ignoram as leis e o trânsito vira caos. Para complicar, ambulantes ficam nas calçadas, dificultando o direito de ir e vir dos pedestres. A falta de fiscalização é uma constante em todos os seus setores.

A Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) afirmou, através de sua assessoria de comunicação, que o órgão realizou, no mês passado, o seminário de revitalização do Mercado, com o objetivo de discutir propostas e ouvir permissionários e população com o propósito de melhorar o lugar, além de apresentar projetos.

Solicitações
Foram encaminhadas propostas aos demais órgãos públicos municipais solicitando segurança (Guarda Municipal); vigilância sanitária (Secretaria de Saúde), ampliação de fiscalização no que se refere à higiene e manipulação de alimentos; melhorarias na sinalização e fiscalização do entorno do Mercado, para que ele possa estar entre os pontos turísticos de Fortaleza. Os pedidos estão em trâmite.

A Semam vai implantar, até o fim deste ano, uma célula para realizar atendimento do órgão no mercado. Desta forma, permissionários poderão ter atendimento no próprio local. A entidade promoveu, recentemente, ações de meio ambiente e de cidadania no mercado.

Estrutura
40 boxes e 25 quiosques compõem a estrutura do Mercado, que funciona de segunda a sábado, das 4h às 17h, e aos domingos, das 4h ao meio-dia.

4 Toneladas, em média, por dia, de resíduos sólidos é o que produz o Mercado, que deverá ganhar um biodigestor para a produção de energia limpa dentro da política sustentável.

FONTE:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1054062

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