12 abril 2011

''Eu me fingi de morto para ele não me atingir''

"Achei que ia morrer mesmo'. Para o aluno, o que aconteceu 'não tem nenhuma explicação'"O estudante Carlos Matheus Vilhena de Souza não fala mais como um jovem de 13 anos. A voz de garoto e o sorriso de menino dão eco ao relato assustador de um dos alvos do atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou 12 estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, na quinta-feira passada.
Carlos Matheus é um dos 12 alunos que saíram feridos do massacre. Ele levou dois tiros no braço esquerdo, que está imobilizado desde o ombro até o pulso. Uma terceira bala ou fragmento de outro disparo deixou cicatrizes no seu peito. Carlos Matheus fingiu-se de morto para não levar mais tiros. Com dor e assustado, ficou quieto.
O menino, que sonha ser advogado e não gosta de futebol, mas adora mexer no computador e ficar na web (nas mídias sociais, em Orkut e Facebook), viu o assassino recarregar o revólver 38 e atirar contra seus colegas. 'Naquele momento, eu achei que estava morto', disse o garoto, ontem à tarde, em entrevista ao Estado horas depois de receber alta do Hospital Albert Schweitzer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário