A cidade de Fortaleza é uma das cinco capitais brasileiras que participam dos testes de uma vacina contra a dengue em seres humanos. Além da cidade cearense, Campo Grande, Goiânia, Natal e Vitória também participam da pesquisa. A vacina está sendo produzida pelo laboratório “América Latina do Sanofi Pasteur” e, se for aprovada, deve ser vendida a partir de 2014.
Segundo os responsáveis pela vacina, os voluntários escolhidos para o teste têm de ter entre 9 e 16 anos e morar em áreas expostas ao risco de transmissão de dengue. Caso contrário, é possível que nenhum deles desenvolva a doença, invalidando, assim, a pesquisa. Enquanto fazem o tratamento, essas pessoas são acompanhados de perto por uma equipe médica.
Dois terços (2/3) desses voluntários recebem a vacina testada, e os demais tomam doses de placebo (substância que não tem efeito no corpo). A vacina é composta por três doses, que devem ser aplicadas com intervalos de seis meses. Todos os pacientes são observados durante o período, e qualquer caso de febre deve ser informado aos médicos pesquisadores.
O objetivo é saber quais crianças e adolescentes vão ter dengue ou não. Para que a vacina seja considerada eficiente, o número de casos de dengue entre os pacientes que tomaram a vacina precisa ser, no máximo, 30% do número de casos entre os que receberam doses de placebo. Os dados são analisados junto com os de outros países latino-americanos e asiáticos, onde a dengue também é uma epidemia.
Outras pesquisas no Ceará
Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) também desenvolveram uma vacina de combate à dengue, só que de origem vegetal. Os cientistas vêm trabalhando na pesquisa desde 2006 e, em fevereiro deste ano, conseguiram desenvolver o medicamento, utilizando o feijão de corda. A vacina, no entanto, só deve ser distribuída a população daqui a cinco anos.
Redação Jangadeiro Online